quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ATÉ PODE SER SE...

Penso que o ensino da literatura brasileira de autores piauienses requer, pelo menos, duas dimensões inter-relacionadas: uma boa HISTORIOGRAFIA DA LITERATURA (que ainda não temos entre nós, mas para praticá-la a regra básica é seguir, na medida do possível, os estilos de época nacionais, sem invencionices ridículas) e uma EFETIVA PRÁTICA ESCOLAR DE LEITURA, baseada num cânone bem elaborado (com competência mas, principalmente, com honestidade intelectual, a fim de não se incluir apenas amigos e se excluir somente inimigos), este subdividido em a) autores e obras canônicas (no caso do Piauí, por exemplo, um H. Dobal e seu Tempo Consequente), b) autores e obras importantes (no caso do Piauí, por exemplo, um Paulo Machado e seu Tá Pronto, Seu Lobo?) e c) autores e obras de livre escolha de professor e alunos, afinal o corpus da LBAP é imenso, aberto e rico. Se se conseguir viabilizar isso, por que não? Agora, por Júpiter!, sem resuminhos (incentivadores da preguiça de ler) nem apostilinhas esquemáticas que levam do nada a lugar nenhum. Se for para ser assim, e para chamar Fontes Ibiapina de vanguardista, é melhor mesmo não piorar mais as coisas...

2 comentários:

Adriano Lobão Aragão disse...

A sua última frase representa com exatidão os meus temores. E o que vai surgir de rei em quintal...

Isíssima disse...

Vanguardista?!?

!!!