sábado, 20 de setembro de 2008

DEMAGOGIA PEDAGÓGICA ANTIDIGLÓSSICA

Essas demagogias que vicejam pela Ufpi não me enganam, que delas já estou escaldado. Agora querem porque querem fazer de conta que não há, no país, uma DIGLOSSIA, isto é, uma variedade lingüística culta, a mais socialmente prestigiada, em razão mesmo não só de um longa tradição de modalidade escrita, mas também em decorrência da pornográfica desigualdade social brasileira, em convivência mais ou menos tensa com uma variedade popular, usada vernacularmente com total proficiência e eficiência. No entanto, por eles, que se dizem lingüistas, não mais se devem estudar no Curso de Letras, ou fazê-lo apenas opcionalmente, as "regrinhas" da língua legislada, que não tem, para esses gênios, a mesma legitimidade da variante vernacular, já que não vem do povo, mas das elites. Ou seja, por essa esdrúxula tese, esta postagem podia ser, sem problemas, escrita assim:
"Essas demagogia não engana-me, que delas já tou escaudado. Agora querem porque querem fazer de conta que não tem, no país, uma DIGLOSIA, isto é, uma variedade linguistica culta, a mais socialmente prestijiada, em razão mermo não só de um longa tradição de modalidade escrita, mas também em decorrencia da pornografica dezigualdade sociau brasileira, em convivenvia mais ou menas tensa com uma variedade populá, usada vernacularmente com total pro-ficiencia e eficiencia. Entonce, por eles, que se diz lingüistas, não mais se deve estudar no Curso de Letras, ou fazê-lo apenas opicionalmente, as "regrinhas" da língua lejislada, que não tem, para esses genios, a merma lejitimidade da variante vernacular, já que não vem do povo, mas das elite."
Ora, é muita demagogia, não é não? Enquanto isso, são esses os mesmos que aprovam a torto e a direito, não para o povão que tanto falam em incluir, mas para a classe média já incluída, cur$o$ de exten$ão pago$ (inglê$ e e$panhol, por exemplo), realizado$, $em nenhum ri$co de prejuízo ao$ promotore$, na$ dependência$ de uma univer&idade ainda pública, como a Ufpi. É uma lá$tima!

4 comentários:

Adriano Lobão Aragão disse...

Não abordar "as regrinhas da língua legislada" não implica em benefício algum à sociedade, principalmente às classes mais desprivilegiadas, pois são assim condenadas, como sempre, a sequer compreender e expressar-se no idioma OFICIAL de um país que também deveria ser seu.

Isso não é valorização da "variante inculta", mas espoliação do direito ao conhecimento. As desigualdades sociais tornam-se ainda maiores com esses "gênios" fomentando a desigualdade linguística, no momento em que a comunidade de paises falantes de língua portuguesa buscam formas de união.

Airton Sampaio disse...

Adriano, é uma pena que você não esteja comigo lá no Departamento de Letras para combatermos essas e outras lesões demagógicas aos alunos. Se bobear, os "doutores" criam uma licenciatura em língua portuguesa sem a língua portuguesa! Apesar de sozinho na resistência, não vai ser fácil me vencerem, até porque SEI que o centro da questão é que não conhecem a fundo e têm preguiça de conhecer a língua portuguesa de tradição...

EMERSON ARAÚJO disse...

Rapazes, o negócio tá feio mesmo! Estes linguistas de plantão do nada vezes nada pensam que a língua não é patrimônio cultural de um povo em todas as suas variantes ou níveis. Portanto, advogo e sempre sugeri na sala de aula todas as possibilidades da Língua que não é lesa-língua, mas a língua nas suas integralidades, todas elas. O resto, rapazes, é o ranço de que o povo tem que se manter a margem, também, do conhecimento tradicional, que é conhecimento. Esta é visão mais distorcida da pedagogia de Paulo Freire que campeia ainda a dita inteligência da esquerdazóide que adentrou no Departamaneto de Letras da Federal nos últimos anos sob a inspiração da família Reis e seu feudo. Viva Camões, viva Bilac e aúltima flor do lácio deve ser também de conhecimento do povo que quer adentrar em todas as possibiliades do código linguístico que é seu patrimônio, com normas, regras ou não. Tô com vocês sempre....

Adriano Lobão Aragão disse...

Parece que a moda entre eles é observar tudo por um viés maniqueísta.

E ainda que fosse algo socialmente e academicamente útil alimentar essa estúpida "luta de classes linguística", esquecem que: o time que não estuda o adversário, é sempre o perdedor.