terça-feira, 14 de outubro de 2008
DATAS, Ó DATAS!
Que Carolina Xavier de Novaes tenha sido uma boa companheira de Machado de Assis e motivo do seu único poema de valor, vá lá. Agora, transformá-la em co-autora de sua obra é, no mínimo, uma sandice. Aliás, muitas besteiras têm sido ditas por conta desse centenário de morte do Bruxo, principalmente no interior das universidades brasileiras (a UFPI que o diga). A pior talvez seja a repetição cansativa e idiota de que ele foi um realista. Ora, Machado de Assis se fez ATÓPICO em tudo: era e não era ao mesmo tempo e o tempo tempo, daí sua extremada originalidade, daí que "Não tive filhos; não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria" convive sem paradoxo, porque sarcástico, com "a pior tragédia é não nascer". Só falta agora, e parece que não demora, afirmarem-no um otimista! Aí...
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Um comentário:
Eu nem interfiro mais neste besteirol de professores mal informados, não-professores. Não-nada mesmo. Agora meu bom Airton Sampaio querer imputar estas bobagens para Machado de Assis é, no mínimo, um sacrilégio, uma aberração, uma grande merda. Machado de Assis é único: ageográfico, atemporal, de todas as estruturas narrativas. Agora, meu irmão, será que estes babacas ainda têm platéia para tanta afirmação babaca? Olha se estes meliantes tiverem platéia, definitivamente "vou embora pra pársagada, lá sou amigo do rei e terei todas as mulheres na cama que eu escolherei". Tenho dito!
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