segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

CARTA ABERTA AO AMIGO M. DE MOURA FILHO

Caro amigo M. de Moura Filho,

um certo senhor das bandas de Oeiras, que nunca vi mais gordo, cometeu a canalhice de tentar descredibilizar um post do meu blog que vc reproduziu (aliás, o único que o fez com correção e ética), usando os seguintes recursos da mais lamentável vileza:

a) Agregou ao texto, sem mencionar a autoria, uma foto em que fez uma montagem de péssimo gosto que tem como legenda uma discussão que não propus, porque não sou um cafajeste nem um idiota (veja o absurdo no sítio http://www.fnt.org.br);

b) Omitiu também o post scriptum que não apenas integra o texto que escrevi, mas é PARTE ESSENCIAL dele;

c) Não deixou claro na "proposta" que lançou de se falar sobre o Nós e Elis que só poderia haver depoimentos elogiosos, de preferência mitificadores e, portanto, deveria ter sido honesto e restringido as intervenções à sua patota de gênios;

d) Eu e mais um outro rapaz, chamado Antônio Luiz, que infelizmente não conheço, estamos pagando um certo preço por não considerar aquele barzinho nada de mais além do que era: um mero barzinho. Que obrigação tenho eu de avaliar aquilo como o supra-sumo do Olimpo?

e) Cheguei a ser ameaçado, como se disso eu tivesse algum medo, que caso eu não parasse de "inticar" com o Nós e Elis ia haver sei lá o quê...

Ora, "inticar" com um barzinho que de repente ficou grande além da conta só porque três dúzias de caras pálidas que se julgam os gênios da Fazenda Piauí (o que, se verdadeiro, já seria muito pouca coisa) o frequentavam virou PROIBIÇÃO. Por isso mesmo a nossa miséria cultural, pois não se pode divergir nem de "artistas" que na verdade são mesmo é notórias mediocridades, vendidas como se gênios fossem, e olha que sei bem do que estou falando! Eu, a esses, eu não os tenho como nada, bem como não quero que me tenham também como coisa alguma (até porque nada mais fiz do que escrever uns continhos, isso mesmo, continhos), do mesmo jeito que eles nunca escreveram nenhum poema ou música ou pintura ou peça teatral ou o que seja que fique em pé. Qual então o gênio que existe nessa patota, um só? Paciência! É preciso ter clareza que o Brasil, sim, o Brasil tem um só prosador (Machado de Assis, romancista, contista, cronista), um só poeta (Carlos Drummond de Andrade), um só dramaturgo (Nelson Rodrigues), um só cantor (Elis Regina), um só compositor (Villa-Lobos), um só jornalista (Líbero Badaró), um só ator (Procópio Ferreira), uma só atriz (Bibi Ferreira), nenhum cineasta, nenhum bailarino, nenhum artista plástico, nenhum... Isso, caras pálidas que porventura me lerem, o Brasil! No Piauí somos, quando muito, medianos, e olhe lá! Então, seria melhor baixarmos a bola que oba-oba vazio é bolha de sabão no ar... Só somos grandes se a unidade de medida for menor, mas muito menor mesmo, que as que citei, porque eu comparado a Dalton Trevisan, um contista mediano, sou o que mesmo? Que romancista piauiense atinge sequer o tamanho de Lúcio Cardoso, outro mediano? Dá para encarar Tarsila do Amaral, na sua medianidade, com qual artista plástico do Piauí? Ora, Gênios! Onde estão mesmo os Gênios da Fazenda Piaui? Devagor com o andor, caras pálidas, devagar com o andor antes que caiamos, de vez, no buraco sem fim do rídiculo. Fico por aqui aguardando me apontarem, com seriedade e sem as molecagens de praxe, não os medíocres (no sentido etimológico do termo, de medianos não tão medianos assim), que às vezes até eu sou, mas os gênios da raça da Fazenda Piauí... Cadê os gênios da raça da Fazenda Piauí? Aguardo, caras pálidas, impaciente, a relação, que pode bem começar por Durvalino... Durvalino o quê mesmo?

Leonam,
abração do amigo, A.

Um comentário:

EMERSON ARAÚJO disse...

Airton Sampaio, volto a interferir novamente sobre este assunto pequeno chamado "Nós e Elis". Daqui a pouco se estará discutindo sobre a calcinha que o "Lulu Maravilha" ou "Zé de Helena" usavam nos seus tempos áureos de menina sapeca. Convenhamos que falta de assunto destes "Jocas" ou "Jecas" de Oeiras, Picos, Floriano, Paes Landim, Parnaíba. Mas esta é a província piauí que não se emenda mesmo. Eu ein, nem a direita agrária fomentava tanta babaquice junta quqndo estava no poder. Ah, vou acrescentar aquela tua relação um cantor: Milton Nascimento, o resto meu irmão, é nadinha mesmo. Espero que não tenha mais que opinar sobre estes Jocas, Jecas, Ambrósios, sei lá o quê. Você tem minha solidariedade eterna. Ah, tenho um convite: vamos embora pra pársagada?